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domingo, 25 de outubro de 2015

Vítima

Minha matéria favorita nos tempos do ginásio era História. O engraçado desta disciplina é que ela é cheia de heróis, mas, que só se tornaram heróis nas páginas dos livros escritos depois que se foram. Na época em que viveram eram tidos como marginais, foram perseguidos, presos, atacados, difamados, muitas vezes por aqueles que tentavam proteger.

Nelson Mandela, Martin Luther King, Gandhi, Jesus Cristo, Moisés. Qual a diferença entre esses perseguidos e marginalizados em seus tempos, heróis nos livros de história, de tanta gente oprimida em todos os tempos?

Eles não aceitaram a posição de vítima, viram na adversidade uma oportunidade de mostrar a legitimidade de sua causa e agiram de forma a mostrar ao mundo porque eles lutavam. Agiram positivamente nas horas difíceis.

A história me ensinou que podem te perseguir, te acusar, te oprimir, mas, a escolha de se tornar vítima ou herói é e sempre será somente sua.

25 de Outubro de 2015.

domingo, 18 de outubro de 2015

Obstáculos

Sobre escrever este blog eu sei que alguns podem pensar que seja trabalhoso produzir publicações toda semana. Não penso nisso, mas, confesso que evito pensamentos negativos do tipo: “eu não acredito que consigo”, “isso dá muito trabalho”, “não tenho capacidade”. E, só de pensar assim, as oportunidades e insights surgem.

Se você não acreditar na sua capacidade você vai acreditar em quê? Se você acha trabalhoso fazer algo, talvez, na verdade, você espera reconhecimento ou algo que “pague” seu esforço. Não quero isso, eu sei que felicidade e sucesso são dádivas do Divino, meu papel nesse mundinho é só agir.

A mesma coisa é a capacidade de se fazer algo. Puxa vida, eu nasci, aprendi e passei por tantas coisas (e continuo aprendendo e passando), então a palavra chave não é capacidade, é confiança. Confio que o Divino me capacitará e isso me basta.

E, depois de tudo isso, o pior que pode acontecer é eu ser julgado de forma negativa, mas, em tudo que você faz sempre haverá alguém que reagirá mal. Então, eu não ligo, eu não me importo com isso, porque eu sei que tudo o que eu fizer, no final das contas, sempre será entre mim e minha consciência, ou, se preferir, entre mim e Deus.

18 de Outubro de 2015.

domingo, 11 de outubro de 2015

Girassol

Às vezes ouço, e tem gente que acredita, que sou intelectual ou tenho um jeito intelectualizado. Que nada! Ledo engano. Sou muito mais da roça do que da intelectualidade.

Plantei muita coisa: milho, feijão, amendoim, mandioca, batata-doce, girassol. Este último era incrível, uma flor gigante, altiva, eu achava que era o rei das flores, com um jeito imponente, com sua coroa e face virada para cima, girava buscando o sol e, ao escurecer, descansava como se olhasse o chão.

E talvez a confusão que façam ao me verem, é que, mesmo com meu jeito campesino, vivo buscando a luz. Se pareço altivo, na verdade eu tento chegar mais perto do Sol porque, sem Ele, humildemente me retraio, mas, sem perder a esperança, pois sei que depois da noite escura, sempre haverá uma nova alvorada.

11 de Outubro de 2015.

domingo, 4 de outubro de 2015

Espantalho

Muito criança lembro-me de uma primavera e uma jabuticabeira carregada com suas frutas maduras e doces. Pena que não era só nós que apreciávamos o fruto. Pássaros começaram dividir as frutas com a gente, meninos descalços, cabelos despenteados, corpos quase nus.

Minha mãe, para que sobrassem mais jabuticabas para nós, arrumou um chapéu de palha velho, uns trapos que já foram roupas e vestiu um pau amarrado em forma de cruz. Ficamos curiosos. Ela nos disse que seria para espantar os pássaros.

Eu quase ri. Como aquele pau vestido com roupa velha, com chapéu de palha, de braços abertos, iria impedir os pássaros de se deliciarem com as jabuticabas? Porém, funcionou.

E às vezes pessoas vazias de sentimentos nos assustam com palavras, igual a um espantalho para os pássaros, colocam o medo em nossa mente, impedindo assim, que consigamos o néctar da vida.

Lembre-se, são somente trapos amarrados.

04 de Outubro de 2015.